Sucessão em empresas de pequeno e médio porte: Estudo de Caso
Geralmente as organizações mais propensas a sofrerem com a sucessão são as de pequeno e médio porte pois devem alcançar ao mesmo tempo a transmissão de capital e poder, o que muitas vezes é complicado já que as empresas menores tendem a não planejar a sucessão, enquanto as de grande porte com capital aberto e executivos contratados alcançam a sucessão mais facilmente.
As empresas de cunho familiar passam por tensões em todos os seus processos devido a mistura entre família e negócio, é difícil separar a relação familiar da profissional e os problemas advindos destas esferas se misturam, complicando não só a sucessão como as demais atividades da organização.
No caso do Chromos seu processo de sucessão foi familiar, quando uma geração abre espaço para que outra assuma o comando. Na empresa em questão o fundador passou o comando, ainda em vida, para seu filho, esse tipo de sucessão possui como vantagens os seguintes aspectos: a continuidade do comando familiar na organização, a sucessão de uma pessoa com interesse societário nos resultados atuais e futuros da empresa e que provavelmente tem uma relação mais afetiva com o negócio. Não obstante a isso a desvantagens para Oliveira (1999) se caracterizam como, disputa de poder entre membros da família, dificuldade em demitir o executivo sucessor e dificuldade em desempenhar diferentes papéis.
Apesar das características citadas do processo de sucessão familiar, o Chromos não passou por muitos problemas já que o fundador teve apenas um filho que assumiria a diretoria, entretanto outra dificuldade surgiu. Na entrevista o fundador relatou que a sua maior preocupação era justamente o seu único filho não querer assumir a empresa, por isso o sucessor foi iniciado ainda criança na organização, culminando em todo um processo de socialização primária que