Joaquim Pedro de Andrade
2013.1 - COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
Prof. Marcio Mori
Alunos:
JOAQUIM PEDRO DE ANDRADE
JOAQUIM PEDRO DE ANDRADE
A literatura influenciou as produções cinematográficas de Joaquim Pedro de Andrade, integrante destacado do chamado Cinema Novo brasileiro, que recebeu notoriedade com a obra “Macunaíma” (1969). Se inspirou no livro de Mário de Andrade (de mesmo nome, escrito nos anos 20), para fazer uma paródia, abrangendo temas do cotidiano, utilizando palavras despojadas e expressões sertanejas. Na cena em que Macunaíma e seus dois irmãos se banham na "água encantada", destacou o complexo racial: branco, índio e negro (também demonstrado em outros momentos do filme). As cenas sexuais apresentadas são metáforas sobre: as relações entre pessoas, sociais, políticas e econômicas; e as sexuais forçadas dão alusão a invasão dos europeus ao Brasil (no primeiro momento não aceitamos, fomos forçados, mas depois nos acostumamos). Destacou os personagens folclóricos fazendo jus a sua fidelidade à obra literária.
O cineasta fluminense (25/5/1932-10/9/1988), formado em Física pela UFRJ, interessa-se pela cinematografia influenciado por Plínio Sussekind Rocha, fundador do primeiro cineclube do país. Escreveu sobre cinema no jornal acadêmico e fez experiências com cinema amador. Atuou em poucos curtas-metragens e trabalhou como assistente de direção no curta “Caminhos”, de Paulo César Saraceni. Seu primeiro trabalho profissional foi um de 8 minutos, em 1959, sobre Gilberto Freire.
Foi contemplado pelo governo francês com bolsa de estudos do Institut des Hautes Études Cinématographiques, a atual École Nationale Supérieure des Métiers de l’Image et du Son (em Paris, 1960). Na capital francesa estudou sete meses no Institut des Hautes Études Cinématographiques e fez cinco meses de estágio em direção de ator, no Théatre National Populaire, assistiu aulas de filmologia na