Resenha - Macunaíma
Quebrando regras! É assim que podemos retratar o filme de Joaquim Pedro de Andrade “Macunaíma” de 1969, uma adaptação da rapsódia do escritor Mario de Andrade, de 1928. O filme chega às telas brasileiras com um novo olhar e uma nova versão, a partir de detalhes que agora narram a historia de uma época marcante para a realidade brasileira, a ditadura, uma fase da historia que jamais será esquecida.
Marcante e de uma visão extremamente inovadora, Joaquim Pedro de Andrade, foi formado em física, mas tinha o cinema como uma grande paixão, no filme o diretor e também roteirista mostra ao publico seu olhar diante da sociedade em que vive.
Além do diretor que tem como marca o cinema novo e alguns prêmios em sua carreira com filmes que retratam a realidade brasileira como Poeta do Castelo eO mestre de Apipucos (1950), o filme conta com um grande elenco como Grande Otelo, Paulo José, Milton Gonçalves e Dina Sfat.
Ao mostrar as aventuras de Macunaíma, personagem que dá nome ao filme, o personagem é adjetivado como preguiçoso, esperto e com uma vida sexual intensa. Uma característica que não se pode deixar passar no personagem principal é sua audácia em relação à maneira de levar a sua vida, vigorosa e descompromissada.
Em um breve resumo, o filme conta a historia de Macunaíma, o filho do medo e da noite, nascido em Uraricoera, ficando seis anos sem falar, emite apenas a frase “Ai que preguiça”, após tomar água de chocalho vira mestre da palavra.
Sua forte tendência sexual é iniciada por sofará, mulher de seu irmão, detalhe que não passa despercebido, fidelidade não faz parte de sua personalidade. Mas ao conhecer Ci, da tribo das camiabas, uma índia sedutora que se tornará o amor da sua vida. Um amor além das fronteiras do céu e da terra.
Como herança, Ci deixa a muiraquitã uma pedra com poderes mágicos e que se tornará o motivo das peripécias, pois essa pedra passará de mãos em mãos até que ele a recupere, que esperam por