Subsistema público e subsistema privado de saúde

O Subsistema Público e o Subsistema Privado de Saúde.

O SUS de uma maneira geral está muito distante do SUS Constitucional,pois há uma enorme distância entre o sonho dos constituintes e da reforma sanitária brasileira e a prática social de nosso sistema público de saúde.
A Constituição brasileira prevê um sistema público universal para todos os brasileiros e a saúde como direito de todos e dever do Estado,porém,o que encontramos é um SUS, como espaço destinado aos que não tem acesso aos subsistemas privados,como parte de um sistema segmentado.
O SUS brasileiro é composto por três grandes subsistemas: o subsistema público (SUS);o subsistema privado de atenção médica suplementar (operadoras de planos de saúde,pessoal ou via empregador); e o sistema privado de desembolso direto (onde recorrem, ricos e pobres,na compra de serviços através de pagamento direto das pessoas ou famílias).
A incoerência entre o mandato Constitucional e o cotidiano real acaba por criar um dilema,que é o SUS ser instituído como um sistema público de saúde para todos os brasileiros (praticado em sociedades que se firmaram como projetos democráticos sociais,informados pelos princípios da solidariedade social) ou como um segmento destinado ao atendimento das camadas mais pobres da nossa população (fixado em valores individualistas e de mercado).
Os sistemas segmentados são justificados,pelo argumento de um senso comum de que ao instituírem-se sistemas privados para quem pode pagar pelos serviços de saúde,sobrariam mais recursos públicos para dar melhor atenção aos pobres,porém,esse raciocínio é equivocado,pois ao criar-se um subsistema público especial para os pobres,dada a pouca capacidade desses grupos de articular seus interesses politicamente,esse subsistema tende a ser subfinanciado e a ofertar serviços de qualidade inferior,não sendo provado portanto,que a existência de um subsistema público de saúde para os pobres aumenta a equidade.
É nos sistemas de valores, prevalescentes em