stuenkel
Oliver Stuenkel (2013), em seu artigo pretende responder a questão: “Qual é o papel a ser desempenhado pelo BRIC nesse mundo?” (p. 361) Assim, ele formula quatro etapas para respondê-la. Inicialmente ele abordará o conceito de BRIC. Depois, as áreas onde o BRIC poderá atuar efetivamente, logo depois uma análise da inserção da África do Sul no grupo e finalmente o seu parecer sobre o BRICS conquistar relevância no sistema internacional no qual alianças já consolidadas estão se tornando incapazes de suprir bens públicos, como por exemplo, segurança marítima.
A origem do BRIC surge no contexto do fortalecimento de novos atores gerando mudanças sistêmicas. Stuenkel (2013) afirma que muitos acadêmicos da área de política internacional analisaram como a ascensão da China impactaria a ordem global.
Jim O’Neilll em 2001, considerou uma categoria para as economias dos países em desenvolvimento que no futuro poderia vir a representar a transformação econômica internacional.
Oliver Stuenkel (2013) afirma que O’Neill criou um grupo baseado apenas em dados econômicos. Primeiramente selecionou o Brasil, a Índia, a China, a Rússia o México e a Coréia do Sul, mas, ele desconsiderou os dois últimos pelo fato de não apresentarem mais características de países em desenvolvimento.
Os outros países restantes são considerados pelo autor como países heterogêneos o que torna mais interessante o debate. Em razão de diferenças políticas, o Brasil e a Índia são considerados democracias enquanto a Rússia e a China não. A Rússia e o Brasil são importantes exportadores de matéria prima e a Índia e China são grandes consumidores. O Brasil não tem pretensão em ser uma potência nuclear, diferentemente dos outros três países, a Índia não consta como signatária do Tratado de Não Proliferação. E a China e a Rússia constam como membros permanentes do Conselho