Stewart Clegg
Stewart Clegg, afirma que ao falar em poder, estamos necessariamente falando de organizações, pois o mesmo é essencial e está incluído na realidade organizacional, aonde nunca deixará de estar. A capacidade de estabelecer uma relação de domínio entre líderes e liderados, além de coagir e obter controle sobre certa ação define-se como poder, pois é através da obediência que se destaca. O poder organizacional fundamenta-se na estrutura hierárquica e nas relações entre os diferentes níveis, portanto, aplicar regras é em si mesmo uma atividade de poder. As regras que estabelece os deveres de cada membro da organização são também conhecidas como “práticas disciplinares”, e essa “expressão é utilizada para designar as microtécnicas de poder que estabelecem e regulamentam não apenas os indivíduos, mas também a coletividade”. Essas práticas disciplinares podem apresentar mecanismos de controle pessoal, técnico, burocrático e jurídico, sob formas de supervisão, de rotinização, de formalização, de automatização e da legislação que visam obter e reforçar o poder sobre o comportamento, as disposições e a integração dos empregados da organização. Na perspectiva global, toda organização pretende se manter eficaz e precisar implantar as práticas disciplinares, tais práticas são unicamente controladoras, elas não se reduzem a punir e proibir, mas reforçam e possibilitam o desejo de obediência que são formas reconhecidas de produtividade graças às estratégias de controle explícitas (regras) e implícitas (aceitação dos membros). Mas não importam quais e quantas são as práticas disciplinares de uma organização, o poder nunca está garantido, pois a resistência a controles formais está presente em todo processo fundamentado em práticas disciplinares. Com isso, surge a importância da ação estratégica, que é uma tentativa de determinar e estabelecer ações que defendem os interesses organizacionais em questão. Realizar a ação estratégica