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Resenhas Bibliográficas
HANDBOOK DE E STUDOS ORGANIZACIONAIS . V OLUME 2: R EFLEXÕES
E N OVAS D IREÇÕES .
Stewart R. Clegg, Cynthia Hardy e Walter R. Nord (Orgs.). Organizadores da edição brasileira: Miguel Caldas, Roberto Fachin e Tânia Fischer. São Paulo:
Editora Atlas, 2001. 352 p. ISBN: 8522429766. por Carlos Osmar Bertero (EAESP/FGV)

Seria interessante começar a resenha com a pergunta: Porque se escrevem
Handbooks? Trata-se de prática comum no mundo acadêmico de língua inglesa e se estende às diversas áreas de conhecimento. O primeiro Handbook of
Organizations foi organizado por James March e publicado em 1965. Trinta e um anos se passaram e os organizadores do Handbook de Estudos
Organizacionais fizeram questão de frisar que não se pretendia uma nova versão ou atualização do Handbook de James March, mas que se objetivava algo diverso, fora do mainstream norte-americano.
Uma primeira razão é fazer um resgate do campo e simultaneamente reafirmar sua existência e relevância. Outra questão importante é de natureza epistemológica, ou seja, saber se houve acumulação de conhecimento e, em caso afirmativo, quais os padrões ou caminhos trilhados. Igualmente importante é atentar ao conteúdo do campo, a saber, as áreas ou linhas, tópicos ou issues de interesse em pontos diferentes no tempo. Pode haver surpresas e se constatar que assuntos que eram muito abordados no passado desapareceram ou simplesmente perderam em número de interessados. Seria o caso de se ver o interesse por abordagens gerencialistas (managerial) e de tipo funcional burocrático nos anos sessenta e setenta e o declínio relativo nos dias atuais. Por outro lado grande número de tópicos novos surgiram e se firmaram. É o caso do amplo campo coberto com o nome genérico de Simbolismo Organizacional e que inclui coisas tão diversas e sem abordagem organizacional há 30 ou 40 anos como inconsciente, sexo, gênero, estética, cultura etc.
Desta forma um Handbook permite que nos posicionemos diante de um campo e

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