STALINISMO
O conceito de "socialismo em um país", que afirma que os comunistas deveriam primeiro alçar o socialismo em seu próprio país como um prelúdio para a internacionalização. Após o desenvolvimento da guerra civil, o governo de Lênin tinha pela frente os vários desafios ligados à modernização econômica e à resolução das questões sociais da Rússia. Percebendo a urgência das transformações, permitiu que ações econômicas de cunho capitalista pudessem reestruturar as forças produtivas russas através da chamada Nova Política Econômica (NEP).
Apesar dos resultados positivos, os destinos do governo russo se mostraram mais uma vez incertos com a morte de Vladimir Lênin, em 1924. A partir desse momento, outras lideranças chegaram à tona com projetos políticos distintos. Entre outras questões, os socialistas russos se preocupavam com a natureza de seu projeto revolucionário. Foi nesse momento que se deflagrou a divergência de opinião entre os líderes Joseph Stalin e Leon Trotsky.
No XIV Congresso do Partido Comunista Russo (1925), Trotsky acabou sendo derrotado pela aliança feita entre Stalin e outros líderes bolcheviques. A partir de então, o projeto da “Revolução Permanente” se via enfraquecido pela estruturação de um enorme corpo burocrático voltado para a consolidação do socialismo russo. Ocupando a função de chefe de Estado, Stalin logo determinou a expulsão partidária e o exílio de Leon Trotsky.
Ao longo dos anos de 1930, mesmo estando fora do país, Trotsky se dedicou à produção de vários textos que denunciavam o desvirtuamento do processo revolucionário na Rússia. Em outros termos, ele acreditava que a Rússia deixava de formar uma ditadura “do proletariado” para fomentar o crescimento de uma ditadura “sobre o proletariado”. Em um de seus mais conhecidos escritos, Trotsky chegou a afirmar que Stalin era uma ameaça ao marxismo maior que o próprio nazismo.
De fato, governando de forma autoritária, Stalin empreendeu uma severa perseguição a todos os