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A infância é um período crítico na vida de uma pessoa, já que pode determinar traços de personalidade ou de mentalidade que prevalecerão até a idade adulta. Infelizmente, diversos fatores têm contribuído para a violência entre menores, o que merece maior atenção do Estado e dos responsáveis.
Dentro de casa, seja pela mídia ou pelos videogames, já há uma influência na mentalidade da criança em relação à violência. Casos comuns, por exemplo, são de notícias tratando de torcedores de futebol de times diferentes cujas discussões levaram ao enfrentamento físico, ou de novelas que retratam a violência entre pais e filhos ou entre marido e mulher. Ambos os casos, por ocorrerem com uma certa frequência, banalizam a violência, tornando-a algo praticamente aceitável e admissível. Outro exemplo disso são os videogames, pois muitos deles envolvem personagens situados em meio a guerras ou em períodos bárbaros da história da humanidade, como a Idade Média. Nestas plataformas de jogo, a violência torna-se o meio de sobrevivência, sendo, mais uma vez, banalizada.
A violência doméstica também é um fator determinante para a violência por parte da criança. Na maioria dos casos, decorre da miséria da família, a qual, ao possuir renda insuficiente para se sustentar, recorre ao uso de drogas, bebidas ou de violência com os filhos para “compensar” a realidade em que vive. Dessa forma, a internalização do uso da violência em situações rotineiras pode ser uma consequência para os filhos, os quais, muitas vezes, deixam de ir à escola para se envolverem em atividades perigosas ou ilícitas, como a mendicância e o tráfico de drogas, para ajudar a complementar a renda da família. Tudo isso contribui para o comportamento violento nestas crianças.
Logo, o combate à violência desenvolvida na infância é papel não só dos responsáveis como também do Estado. Os primeiros deveriam controlar o conteúdo acessado