sp rito do capitalismo
O homem é dominado pelo dinheiro, pela aquisição como propósito final da vida. Na moderna ordem econômica, o ganho do dinheiro é o resultado e expressão da virtude e da eficiência. (p. 51)
A economia capitalista moderna força o indivíduo a se conformar às regras do comportamento capitalista. As raízes do novo capitalismo vêm da Inglaterra quando se estabeleceu o cálculo do lucro. Na era pré-capitalista não havia a utilização racional do capital em empresas estáveis e a organização racional capitalista do trabalho como forças dominantes na determinação da atividade econômica. (p. 52-54). A isso denominou-se “tradicionalismo”, em oposição do espírito do capitalismo. Baixos salários são necessários para o desenvolvimento do capitalismo. Entretanto, baixos salários não significam trabalho barato. (p. 55-56).
Quando se deseja produzir bens que exijam maquinário caro e trabalho especializado, busca-se o trabalho como vocação, através de uma ação educativa. (p. 58).
O moderno empreendedor precisa calcular a arriscar, ser sóbrio e confiável, perspicaz, devotado ao negócio. Qualquer relação entre as crenças religiosas e a conduta é, em geral, ausente e tende a ser negativa. As pessoas imbuídas do espírito do capitalismo tendem hoje a ser indiferentes à igreja. A religião apresenta-se como um meio de afastar as pessoas do trabalho neste mundo. O sistema capitalista precisa dessa devoção à vocação para fazer dinheiro. Não é mais necessário o suporte de qualquer força religiosa. A igreja recebia somas em dinheiro como forma de pagamento pelos pecados. (p. 59-67).