Sorriso de monalisa
O filme “O sorriso de Monalisa”, conta a historia da professora Katherine Watson que no outono de 1953 começa a lecionar a disciplina de história da Arte na tradicionalista Escola Wellesley. Logo que chega já se depara com muitas dificuldades, as alunas dominavam todo o conteúdo das apostilas, porem não se utilizavam desse conhecimento para crescer ou pensar criticamente. A professora Watson devido as varias situações começou a perceber que Wellesley era uma escola de boas maneiras disfarçada de preparatória, onde as alunas aprendiam noções de comportamento, como cuidar da casa, do marido e filhos, estudavam somente para esperar um pedido de casamento, onde quando casavam muitas acabavam se ausentando temporariamente ou definitivamente da escola, pois a principal finalidade a ser atingida em suas vidas era o casamento. Segundo a autora Aranha (1989) “a antropologia nos ajuda a perceber que há uma construção social da mulher variável conforme a expectativa de uma determinada sociedade a respeito de que papéis a mulher deve representar (p.170, 1989). No filme esse aspecto fica bem explícito, pois as mulheres da sociedade dos anos 50 desempenhavam a função que lhes era imposta, pois uma das alunas ao ser traída pelo marido queria o divórcio e sua mãe ficou contra, pedindo a ela que esquecesse o que havia ocorrido e voltasse a viver com ele normalmente. Ainda a autora Aranha (1989) “O mais comum é o aprisionamento da mulher em estereótipos, encaixando-o em padrões considerados normais. Assim a mulher seria intuitiva, sensível, delicada, amorosa, altruísta, isso culminando com a expressão maior do instinto materno.” A autora Aranha (1989) explica algumas dessas características “Ao defini-la como sensível e amorosa, também a considerarmos presa fácil das emoções [...] ao atribuir-lhe o altruísmo, exigimos dela o abandono de si, o tornar-se para o outro, o que facilita sua submissão”