Sonhos jung
Por "psique" entendemos "o conjunto de todos os processos psíquicos, tanto conscientes como inconscientes" (CW vol. 6, página 463). A psique, portanto, é constituída por imagens refletidas e processadas no cérebro. Imagens, sons, emoções, sensações do mundo objetivo.
Mas a verdadeira natureza da psique ainda está muito além da compreensão objetiva. Jung defende a ideia de que as imagens e objetos assumem o caráter de consciência apenas quando têm alguma associação ao ego, casos não se associem ao ego esse material permanece em nível inconsciente. A perda de memória é um exemplo típico deste fenômeno psicológico.
Partimos deste ponto para discorrer sobre os sonhos, como parte de um quebra-cabeça, onde se juntam ideias, imagens e objetos guardados no inconsciente, sujeitos a serem ativados por qualquer ideia, imagem ou objeto percebido, ainda que vagamente, no presente, fazendo como que um link e associando de uma maneira não compreensível ao consciente, montando cenários, fatos, emoções, que somente poderemos chegar um diagnóstico, depois de um estudo minucioso e profundo entre sonhador e analisador junguiano.
Assim Jung exemplifica com o sonho de uma pessoa "Encontro-me em um pomar alheio e olho uma maçã. Olho cautelosamente à minha volta, para me certificar de que ninguém me viu" No dia anterior ele havia encontrado uma jovem que o havia rejeitado por muito tempo, e enquanto falava com ela, pessoas conhecidas passaram por eles, e o sentimento foi de que estaria fazendo algo errado. Nesse exemplo, Jung demonstrará inúmeras possiblidades de se juntarem, culpas, lembranças e traumas da infância, lugares conhecidos e outros detalhes. Assim, existiu mesmo, na vida do sonhador, um fato onde roubara, quando jovem, peras no quintal vizinho. O símbolo da maça seria o fruto proibido,, associando-se outros elementos, como a história do sonhador, onde o pai o