Sonetos de Luis de Cam es
CAMÕES.
Soneto 22
‘‘ Aqueles claros olhos que chorando’’ SONETO 22
Aqueles claros olhos que chorando
Ficavam quando deles me partia
Agora que farão? Quem mo diria ?
Se porventura estão em mim cuidando ?
Se contarão as horas e os momentos?
Se acharão num momento muitos anos?
Se falarão coas aves e cos ventos ?
Se terão na memória, como ou quando
Deles me vi tão longe de alegria ?
Ou se estarão aquele alegre dia
Que torne a vê-los, na alma figurando ?
Oh, bem-aventurados fingimentos*
Que nesta ausência tão doces enganos
Sabeis fazer aos tristes pensamentos .
GLOSSÁRIO.
* fingimentos- fantasias, devaneios
Coas - .Contração da preposição com e do artigo ou pronome a.
•
Plural: coas.
Mo - .Contração dos pronomes me e o.
•
Confrontar: mó.
SENTIDO DO POEMA o Neste poema é retratado o sentimento de separação de uma mulher. Com o poeta, tentando descobrir como sua amada havia ficado após a separação. Contando o seu estado de espírito, que o mesmo o influencia na sua imaginação. Fazendo com que haja enganos em sua descoberta.
CAMPO SEMÂNTICO
Angusti
a
Tristeza
Separação
Choro
Longe
Lembranças
/ memória
F IG U R A S D E LI N G UA G EM
ESTRUTURA DO
POEMA
o RIMA:
• Interpolada
• Grave
• Perfeitas
• Rica
o CLASSIFICAÇÃO DE VERSOS:
•
Decassílabo
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
A/que/les/cla/ros/o / lhos/que/cho/ran/do
ESTRUTURA DO
POEMA
CLASSIFICAÇÃO DE ESTROFE:
• Terceto
• Quarteto
Aqueles claros olhos que chorando
Ficavam quando deles me partia
Agora que farão?
Quem mo diria ?
Se porventura estão em mim cuidando ?
Oh, bem-aventurados fingimentos* Que nesta ausência tão doces enganos Sabeis fazer aos tristes pensamentos .
Letícia Lima de
Almeida. N° 24
Paula Fernanda
Baeza Silva . N°
31