Solidão do conhecimento
Algo embaraçoso? Muito mais do que isso, pode ser visto até como enfrentar um preconceito social, tamanho é o desentendimento e a falta de informação da sociedade com relação a essa profissão. A busca aqui é tentar acabar com o obscurantismo, é como filosoficamente Descartes discutia: tentar desvendar os olhos de quem “passa a vida de olhos fechados sem jamais procurar abrilos”, clarear o pensamento de pessoas que acabam se tornando cegas voluntariamente, à mercê das ilusões propagadas de geração para geração e das manipulações sistemáticas. E é nesta semântica que se concretiza as duas grandes atitudes do erro: a prevenção e a precipitação.
A prevenção “é a facilidade com que nosso espírito se deixa levar pelas opiniões e ideias alheias, sem se preocupar em verificar se são ou não verdadeiras. São as opiniões que se cristalizam em nós sob a forma de preconceitos (colocados em nós por pais, professores, livros, autoridades) e que escravizam nosso pensamento, impedindo-nos de pensar e de investigar. Já a precipitação, corresponde à facilidade e à velocidade com que nossa vontade nos faz emitir juízos sobre as coisas antes de verificarmos se nossas ideias são ou não são verdadeiras. São opiniões que emitimos em consequência de nossa vontade ser mais forte e poderosa do que nosso intelecto. Originam-se no conhecimento sensível, na imaginação, na linguagem e na memória.” (DESCARTES apud CHAUÍ, 2003, p. 127).
Esses impulsionamentos possibilitam a grande abertura à existência