angustia
Martin Heidegger foi um filósofo alemão nasceu em 26 de setembro de 1889 na cidade de Meßkirch, Alemanha, e morreu em 26 de maio de 1976, Friburgo em Brisgóvia, Alemanha.
A angústia segundo Heidegger é, dentre todos os sentimentos e experiências cognitivas da existência humana, aquela que pode reconduzir o homem ao encontro de sua totalidade como "ser". Ela também reúne os pedaços a que o homem é reduzido ao imergir na monotonia e na indiferenciação da vida cotidiana. É a angústia que faria o homem elevar-se da traição cometida contra si mesmo, quando se deixa dominar pelas mesquinharias do dia-a-dia, até o autoconhecimento em sua dimensão mais profunda. A partir da apreensão da angústia, o homem perceber-se-ia como um ser para a morte, como um ser fadado à falibilidade, um ser com um fim determinado. Pois somente o homem é capaz de intuir o absurdo da existência. Ao meu ver, as grandes questões propostas neste contexto heideggeriano são: O que fazer diante daquilo que fizeram de nós?E o que devemos fazer para sairmos desta condição? Quando isso ocorre Heidegger afirma haver duas soluções: ou o homem foge para a vida cotidiana, ou supera a angústia, manifestando seu poder de transcendência sobre o mundo e sobre si mesmo. É importante ressaltar que Heidegger considera o homem como um ser no mundo, que se caracteriza mais propriamente como um ser para a morte. Para fugir de si e de sua própria morte o homem entra em decadência no mundo, embrenhando-se no universo do cotidiano e tornando-se mais um. E, o fato de o homem encontrar-se junto ao mundo o marca onticamente, como um ser decadente. Dessa forma, a decadência é a determinação ôntica do factual, enquanto que a culpa é a determinação ontológica do existencial. Mas, a angústia, determinação ontológica do existencial da disposição, retira o mundo do homem lançando-o frente às suas possibilidades de ser, ou seja, frente ao nada que ele mesmo é. Nesse sentido, culpa e angústia