Resenha
PPGEDU - PROGRAMA DE POS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
Texto 1: “Minha lâmpada e meu papel em branco” Gaston Bachelard
A presente resenha foi elaborada pela aluna Jaysa Ribeiro, aluna do mestrado em Educação e será apresentada à professora Clarissa Araujo, responsável pela disciplina Metodologia da Pesquisa Educacional, como requisito de uma avaliação contínua durante o primeiro semestre de 2012.
Recife
2012
BACHELARD, Gaston. A chama da vela. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 1989.
Buscando compreender o significado do conhecimento, fui instigada a ler um trecho da obra “A chama da vela”, trecho este intitulado de “Minha lâmpada e meu papel em branco”, do autor francês Gaston Bachelard, professor, filósofo e poeta. Em sua fase que ficou conhecida como noturna, face que o mesmo escrevia de forma poética, teve grandes destaques, dentre eles, a obra metafórica supracitada. Bachelard retrata em poucas linhas a dificuldade de produzir, de escrever, de se conhecer. A metáfora da chama da vela nos remete a memórias internas, imagens que ele chama de “gravuras” que muitas vezes acabamos por revisitar. O “pequeno-grande” texto traz quatro sub-divisões bem curtas que com uma boa re-leitura de sua narrativa, pode facilmente ser compreendido. Dono de um lirismo notável, o texto é rico em fantasias e abstrações que são manifestadas no psiquismo encantador da solidão de um escritor. Em outras palavras, “a chama é um mundo para um homem só”, mundo este que nos conduz ao ludicismo do claro-escuro de uma memória solitária, a do autor – e por vezes, a nossa – de forma bastante tranqüila, sensível e inspiradora. Ora, o autor inicia o texto com uma linguagem bem figurada, descrevendo a experiência de exercitar as lembranças e repovoar as memórias, traçando uma pedagogia do ato de sonhar