sofistas
Prof. Adaltro Prochnov Nunes1
3.1- Os Sofistas
O termo “sofista” em princípio significa sábio e tem origem no termo grego “sophos”. Não há na etimologia do termo nenhum tipo de conotação negativa. Esse termo positivamente refere-se ao sábio ou ao especialista em saber. Entretanto a crítica de Sócrates, Platão e Aristóteles dirigida ferozmente contra os sofistas fez esse termo adquirir um sentido negativo. Basicamente a partir dessa polêmica movida contra os sofistas se considerou o saber dos sofistas como aparente e não efetivo. Foram acusados de buscar o saber tendo em vista o lucro que desse saber poderia vir e de não buscarem conhecer com interesse exclusivo pela verdade. Além disso quando se reconheceu que os sofistas contribuíram com algum saber, esse foi considerado perigoso em termos práticos (morais) e inconsistente em termos teóricos. O maior exemplo de que se considerou o saber dos sofistas inconsistente foi o fato de Aristóteles ao fazer a classificação das falácias denominá-las sofismas. Dessa forma Aristóteles caracteriza o raciocínio inválido como a maneira oficial de pensar dos Sofistas. De forma geral pode-se dizer que essa tornou-se a visão se não de todos, mas da grande maioria dos filósofos posteriores a Sócrates, Platão e Aristóteles.
A partir do Séc. XX fez-se uma outra interpretação do papel dos Sofistas na filosofia ocidental. Os Sofistas não tiveram um papel menor que outros pensadores e mais do que isso realizaram uma revolução no pensamento grego. Os Sofistas foram responsáveis pelo deslocamento do horizonte de preocupação da filosofia. Antes deles não estavam em pauta os temas humanos. Pode-se ariscar a dizer que os Sofistas promoveram uma mudança de paradigma na filosofia. A natureza (physis) reinava soberana no quadro dos problemas filosóficos. Os Sofistas foram os primeiros a propor que cabe a filosofia indagar também sobre o ser humano e tudo aquilo que diz respeito à vida em sociedade. Os sofistas