sociologia

No Brasil, a tentativa de introdução do modelo de edge cities foi repassada à população de alta renda como ideal de habitação para as faixas de maior poder aquisitivo das regiões metropolitanas, nos anos de 1980 e 1990. Os loteamentos fechados, distantes do centro da cidade, surgem, no Brasil, na década 1980, e se caracterizam por grandes glebas (áreas) vazias nas periferias metropolitanas, como o loteamento fechado Alphaville, em Barueri, implantado na mesma década e destinado à população de mais alta renda da cidade de São Paulo. Já na década de 1990, os loteamentos fechados gradativamente vão atender também às faixas de renda média, preocupadas menos com o conforto e exclusividade ao habitar e mais com a segurança familiar.
Porém, as semelhanças param por aí. O novo modelo americano, como cita Caldeira (2000), principalmente no que trata da construção das residências, é incorporado por empresas que constroem casas similares em loteamentos abertos, não murados em quase toda sua totalidade, que possuem características de comunidade homogênea socialmente, mesmo que não aconteça efetivamente, mas sem a necessidade de diferenciação ou status pelas diferentes formas de construção.
Toda a ideia da existência de condomínios gira em torno do pressuposto de todos aqueles que não moram no local representam um perigo em potencial, e, dessa forma, devem ser mantidos longe da comunidade local. Essa ideia vem sofrendo críticas de que nem todos aqueles que seriam mantidos longe da comunidade representam algum tipo de perigo ou ameaça real. Outra ideia é a de que o aumento no tráfego de pessoas aumentaria, ao invés de diminuir, a segurança dos moradores locais. Isso porque a presença de mais pessoas nas ruas, em parte, inibiria o comportamento criminoso e aumentaria as chances de denúncias de atividades suspeitas 2.
Uma crítica recorrente com relação aos condomínios é a da criação de comunidades completamente desconectadas da realidade da vida fora de seus muros. Como