Sociologia
Em M-D-M, o dinheiro é o intermediário e a mercadoria é o ponto de partida e de chegada; em D-M-D, é M o intermediário e o D o ponto de partida e chegada. Em M-D-M, o dinheiro é definitivamente gasto, em D-M-D é apenas adiantado e deve ser recuperado. Volta ao seu ponto de partida. Em M-D-M o dinheiro só pode refluir ao seu ponto de partida se ele repetir todo o processo. M-D-M tem por objetivo o valor de uso, D-M-D o valor de troca em si mesmo.
D-M-D só passa a ter conteúdo se houver diferença quantitativa dos extremos. Retira-se da circulação mais dinheiro do que havia sido lançado.
Este D , este acrescentamento é a mais-valia. M-D-M não se torna absurdo quando os extremos são de valor idêntico; ao contrario isso é mesmo a condição de um funcionamento normal.
Em D-M-D, ao contrario, o principio e o fim são indefinido – dinheiro – e por isso o movimento é indefinido. Todavia, D + Dé uma quantidade diferente de D, mas, apesar disso, uma soma de dinheiro limitada; se fosse gasta deixaria de ser capital; fosse retirada da circulação, ficaria estacionada sob a forma de tesouro.
O valor de troca não é mais do que uma forma independente relativamente ao valor de uso da mercadoria, no presente caso, o valor de troca aparece bruscamente como uma substancia processiva, dotada de um movimento próprio e para qual a mercadoria e o dinheiro não são mais do que simples