sociologia
Introdução:
A política aristotélica é fundamentalmente ligada à moral, porque o fim último do estado é a virtude, que tem como objetivo a formação moral dos cidadãos. O estado é uma organização moral, condição e complemento da atividade moral individual, e fundamento primeiro da suprema atividade contemplativa. A política, entretanto, é diferente da moral, por esta ter como objetivo o indivíduo, aquela a coletividade. A ética é a doutrina moral individual, a política é a doutrina moral social. A finalidade da política seria a de descobrir a maneira de viver que leva à felicidade humana. O bem comum seria superior aos bem individuais. Seria através do estado que o individuo conseguiria a satisfação de todas as suas necessidades, já que o homem, sendo naturalmente animal social, não pode ser perfeito sem a comunidade. Quanto à forma do estado, Aristóteles aponta três principais: a monarquia, que é o governo de um individual, cujo caráter e valor estão na unidade, e sua degeneração é a tirania; a aristocracia, que é o governo de poucos indivíduos, cujo caráter e valor estão na qualidade, e sua degeneração é a oligarquia; a democracia, que é o governo de muitos indivíduos, cujo caráter e valor estão na liberdade, e sua degeneração é a demagogia. Aristóteles prefere uma república democrático-intelectual que é a forma clássica do governo da Grécia.
Capítulo IV: Do Cidadão
Para Aristóteles cidadão significa aquele cuja especial característica é o poder participar da administração da justiça e de cargo público. Tal concepção de cidadão só é aplicada na democracia.
Para Aristóteles, o homem realiza sua essência participando da comunidade política. O Estado, que é a palavra moderna com a qual designamos a comunidade política, existe para possibilitar a vida plena, a melhor das vidas possíveis aos homens. A questão é: quando pertenço ou faço parte do Estado? Será que basta morar num território para