sociologia de durkeim
O Darwinismo Social. A expansão da indústria, resultante das Revoluções Burguesas no século XIX, trouxe consigo a consolidação da sociedade capitalista, estruturada no lucro e na produção ampliada de bens. Ao final daquele século, porém, a economia européia passou por crises de superprodução (o crescimento do mercado não obedeceu ao ritmo de implantação da indústria, isto é, houve um excedente de oferta sobre a demanda). Como conseqüência, as empresas sobreviventes se uniram, disputando entre elas o mercado existente. A livre concorrência foi sendo substituída pela concentração das atividades produtivas nas mãos de um pequeno número de produtores. Começaram a se formar grandes monopólios associados a poderosos bancos, que passaram a financiar a produção por meio do capital financeiro, o que gerou dívidas crescentes.
Ultrapassar os limites da Europa era a única saída para garantir a sobrevivência dessas indústrias e o lucro desses bancos. Nos outros continentes era possível obter matéria prima bruta a baixíssimo custo e mão de obra barata. Havia também pequenos mercados consumidores, além de áreas extensas para investimentos em obras de infra-estrutura.
Porém, a exploração eficaz das novas colônias encontrava resistência nas estruturas sociais e vigentes nesses continentes que, de forma alguma, atendiam às necessidades do capitalismo europeu. A transformação desse mundo conquistado em colônias que se submetessem aos valores capitalistas revestiu-se de uma aparência humanitária que ocultava a violência da ação colonizadora: “missão civilizadora”. A “civilização” era oferecida, mesmo contra a vontade dos dominados, como forma de “elevar” essas nações do seu estado primitivo a um nível mais desenvolvido (a sociedade capitalista industrial do século XIX).
Essa forma de pensar foi inspirada no modelo teórico desenvolvido no âmbito das ciências naturais por Charles Darwin para explicar a evolução das espécies animais.