Sociologia classica
O documentário Justiça, de Maria Augusta Ramos, tem como principal cenário o interior do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em que com uma câmera parada e observadora relata o comportamento dos juízes, da defensoria pública, da promotoria, da polícia e de três réus. Mostrando claramente a falta de eficiência da Justiça brasileira. O documentário sobre direito e justiça mostra como são feitas as abordagens dos policiais, a discriminação e o racismo por parte dos mesmos, ao prenderem uma pessoa por ser de cor morena ou por usar roupas velhas, como os julgamentos ocorrem, a super lotação nos presídios, com uma sela com capacidade para dez, porém com super lotação de trinta homens, a falta de estrutura e a falta de penitenciarias. Mostra também como a repressão e a falta de opção para quem vive nas favelas torna a vida ainda mais difícil, onde ou você fecha os olhos ou morre. A corrupção policial e extorsão como fator decisivo para que traficantes e ladrões, entre outros, continuem impunes. A fé como fonte de apoio e de como estando nela não se vai para o caminho errado.
Tendo como primeiro caso, uma audiência em que um paraplégico é acusado de um delito em que não existem provas, nem testemunhas além dos policiais que efetuaram sua prisão e que, além disso, o réu teria pulado um muro para fugir dos policiais, o documentário mostra a verdadeira injustiça chamada Sistema Judiciário Brasileiro, mostra também, mesmo que indiretamente, que o réu só está naquela situação por ser preto e pobre, fica claro o preconceito nesse caso. Nesse Tribunal do Rio de Janeiro, são julgadas cerca de dez audiências por dia, é quase impossível que um juiz consiga cumprir o seu papel e ser eficiente, além da frieza com que ele julga cada um dos processos. Frieza essa, que podemos observar na cena em que o réu, deficiente físico sem uma perna, pede para que seja transferido para um hospital, já que em sua cela, por conta da