Socio historica
Análise Sócio-Histórica
O filme "Tempo de Matar" trata de um tema polêmico, pois traz à tona o preconceito, racismo, essa forma de tratamento ao outro completamente desfavoráveis, e arbitrários, a que certas pessoas ou grupos são submetidos.
Quando a menina negra foi estuprada, ao ser encontrada em frente à sua casa, reuniram-se várias pessoas do grupo, que ficaram indignadas com tal acontecimento, e esse sentimento de revolta ocorreu porque mesmo estes morando numa mesma comunidade, eles se percebem excluídos dela, porque são discriminados e estereotipados, pelo fato de terem a pele negra. Dessa forma, segundo Cimpa (1994), os indivíduos têm sua identidade criada e modificada a todo o momento pelo ambiente, situações e contexto em que estão inseridos. E a construção dessa identidade vem com a percepção de se notar enquanto um sujeito diferente, pois sabem que fazem parte de uma comunidade mista, no entanto se vêem igualados a um outro grupo, que é formado por uma minoria com a cor da pele escura.
Após ver no advogado branco, Jake, uma chance de gritar ao mundo por justiça, pelos seus direitos na sociedade. Carl Lee, ao fazer justiça com as próprias mãos e matar os dois rapazes brancos, tenta mudar uma realidade racista que lhe é imposta dia-a-dia, que de acordo com Codo (1994), ao atuar sobre o momento , a realidade, o ser humano a modifica, e dessa forma acaba por modificar a si mesmo, portanto todo dia os seres humanos produzem um pouco da sua história, num desenvolvimento contínuo.
Ao perguntar ao advogado, se caso ocorresse o mesmo com filha branca dele, o que este faria? Carl Lee faz com que o advogado reflita e comece a produção de um pouco mais de si mesmo enquanto um ser consciente, até porque Jake afirma futuramente à sua esposa que assumiu o caso porque também teria feito o mesmo, caso fosse sua filha. Que para Cimpa (1994), é um comportamento refletido do