Psicologia Sócio Histórica
Marx e Engels partem do princípio de que a realidade, e todos os fenômenos que a constituem, é material. Ou seja, existe objetiva e independentemente da consciência. A matéria é definida assim como o dado primário da existência e tudo depende dela, até mesmo a consciência e o próprio pensamento humano. Sendo assim, as sensações, as ideias, os conceitos, entre outros, não nascem da consciência a partir de si mesma mas originam-se na materialidade do real e é através dessa que o mundo será captado pelos sentidos e representado para assim torna-se conhecível. Marx rompe decisivamente com qualquer concepção idealista, supra histórica de consciência, evidenciando a impossibilidade de sua compreensão se não, na relação ativa que vincula o homem às suas condições objetivas de existência, sendo assim, tais condições objetivas não podem ser simplesmente identificadas como meio externo em que vive o homem. É fundamental sabê-las produzidas pelas relações históricas e expressas sob a forma de objetivações humanas.
A dialética é adotada por Marx como possibilidade de superação da dicotomia, da separação sujeito-objeto, ou, em última instância, dos dualismo lógico formais que imperaram durante séculos no campo científico. Marx e Engels foram discípulos de Hegel mas, na busca por um método de decodificação do real, para a formulação do materialismo dialético, reinterpretaram a dialética hegeliana superando o viés idealista e espiritualista que nela imperava.
Segundo Vygotsky, as demais abordagens não davam conta de explicitar claramente a gênese das funções psicológica tipicamente humana. Desse modo, ele propôs, uma nova psicologia que, baseada no método e nos princípios do materialismo dialético, compreendesse o aspecto cognitivo a partir da descrição e explicação das funções psicológicas superiores, as quais, na sua visão, eram determinadas histórica e culturalmente. Propõe