Sociedade de Fetiches
DENIS, Rafael Cardoso. Design, cultura e fetichismo de objetos. 1998.
A sociedade de consumo modificou não somente o seu modo de agir como o de pensar e se portar acerca das situações em que deve passar cotidianamente, somos expostos e influênciados diariamente por todo meio de publicidade e design. Apesar de filósofos como Lipovetsky e Miller defenderem que temos total controle e até mesmo escolhemos a alienação, o papel do designer constitui um importante lugar. Ao questionar e discutia quais questões se restringem aos profissionais da comunicação em massa, devemos levar em consideração as modificações de pensamentos e as novas exigências do público.
É incansável o receio da substituição de um homem pela máquina, no caso do designer, um software. O que deve ser posto em pauta é que seu trabalho não se restringe somente ao processo que lhe é concebido ou por seus objetos. A importância de projetar, elaborar e o processo criativo se equivalem em importância ao objeto. Mas o principal objetivo do design, que aborda o texto do historiador Rafael Cardoso Denis em Design, cultura material e o fetichismo dos objetos é o poder de inserção de elementos em um objeto que remetam novas atribuições que se fazem presentes na atualidade.
A implantação do fetichismo, da personificação de um objeto, atribuição de valor que antes não lhes eram concebidos, desejos e nessessidades novas se dá devido ao fato que já suprimos todas as necessidades básicas. Foi atingido um nível em que os objetos que cumprem apenas as suas obsoletas atribuições são desvalorizados. É necessário a busca e aderência de complexidades, valores que serão agregados quando inseridos no mercado de trabalho. O consumidor busca novas satisfações, novos desejos e se sentir seduzidos mesmo que sabendo que são abertas margens para que ele possa desviar de tal persuasão.
Os objetos não possuem mais um significado estático, eles podem ter as suas mais diversas variações, e gradativamente vão