Luís XIV nasceu a 5 de Setembro de 1638 em Saint-Germainen-Laye. O seu pai faleceu quando este tinha apenas 5 anos, em 1643, pelo que foi sua mãe que assumiu regência, a rainha Ana de Áustria. Luís assumiu o poder em 1661 com Maria Teresa de Áustria. O seu reinado foi o mais longo da História da França (1643-1715) e também aquele que marcou o seu apogeu. No seu tempo, a França dominou política e economicamente, daí que o século de Luís XIV tenha sido apelidado de “O Grande Século”. Luís governou como monarca absoluto, não admitindo nenhum poder superior ao seu, nem nenhum constrangimento à sua autoridade. A corte francesa teve vários hábitos que contribuíram para o seu brilho e prestigio naquela época. Na sua corte viveu rodeado de luxo e de cortesãos subservientes (mais de 10000) onde os deveres do Estado e da Religião conviviam com os prazeres mundanos e do espírito: banquetes, bailes, caçadas, torneios, espectáculos de música, bailado, ópera, poesia, teatro, circo, tudo isto contribuiu para o seu grande sucesso. Na governação, a acção de Luís XIV estendeu-se a todos os ramos da vida pública. Internamente, restringiu os poderes dos privilegiados e atribuiu aos nobres os cargos da corte. Organizou também o aparelho político-administrativo, apoiando-se num funcionalismo qualificado, escolhido por ele e todo vindo da classe burguesa. No campo religioso, pretendeu cumprir a máxima de “um estado, uma religião”, pelo que, em 1685, revogou o Édito de Nantes. No campo cultural agrupou artistas e sábios em academias que patrocinou e acarinhou, impondo um verdadeiro “estilo monárquico”, de características italoclássicas. Externamente quis repor as fronteiras naturais do reino que acabou com a hegemonia francesa. O fim do seu reinado foi já ensombrado por sinais de decadência: problemas orçamentais causados pelas guerras e gastos da corte; descontentamento popular face ao aumento dos impostos e à carestia de vida; perda do papel hegemónico da França no xadrez