Sociedade de controle e sociedade disciplinar
Nos séculos XIX e XX, foi priorizada uma sociedade disciplinar que havia como centro a casa, escola, e igreja por exemplo. As instuições eram o elo da sociedade e o meio de controlar os indivíduos, de um modo que ficava clara a intenção. Era conduzida por um controle do modelo de comportamento que seria aceitavel e liderada por algum superior como o chefe da família, o chefe no emprego, o professor da escola dentro da sala de aula.
Foucault situou as sociedades disciplinares nos séculos VIII e XIX; atingem seu apogeu no início do século XX. Elas procedem à organização dos grandes meios de confinamento. O indivíduo não cessa de passar de um espaço fechado a outro, cada um com suas leis: primeiro a família, depois a escola ("você não está mais na sua família"), depois a caserna ("você não está mais na escola"), depois a fábrica, de vez em quando o hospital, eventualmente a prisão. (DELEUZE, 1990.)
A sociedade disciplinar possui o intuito de determinar meios para confinar as nossas ações desde que nascemos. Como já foi dito na família ou na escola, cumprir exatamente o funcionamento e as ordens do local, e até mesmo em hospitais e prisões, e suas regras ditadas a quem está inserido. Em cada instituição há um caminho para o indivíduo, vai passando de uma a uma aprendendo o que a envolve e o comportamento adequado que deve apresentar. É como se em cada uma das instituições houvesse uma tentativa de "adestrar" os indivíduos para mante-los disciplinados. Para Borges (2006), segundo Foucault, a existência de uma sociedade disciplinar tem como objetivo, em breve oração, produzir corpos dóceis e maleáveis.
Mas as disciplinas, por sua vez, também conheceriam uma crise, em favor de novas forças que se instalavam lentamente e que se precipitariam depois da Segunda Guerra mundial: sociedades disciplinares é o que já não éramos mais, o que deixávamos de ser. Encontramo-nos numa crise generalizada de todos os meios de