Sociedade de Controle e Disciplinar
A Sociedade Disciplinar se constitui de poderes que se disseminam através das instituições e de estratégias de disciplina e confinamento. A Sociedade de Controle é caracterizada pela invisibilidade e pela virtualização junto às redes de informação. No ambiente de trabalho, as mudanças nos modelos de gestão refletem a mudança no modelo de sociedade. Quando passamos da modernidade para a contemporaneidade podemos inserir mudanças na forma como se organizam as relações de poder.
As relações que eram antes decididas pela hierarquia, vigilância, autoridade e centralização do poder, onde a participação de todos é, não só esperada, como estimulada pelos núcleos que detém e gerencia o poder. Neste modelo de sociedade que evita o conflito, o questionamento, o embate, dá lugar a um processo educativo e inclusivo, que além de gerar nas organizações o sentimento de que somos pertencentes à instituição, também gera o senso de responsabilidade, posto que se todos participam da gestão, a responsabilidade é de todos. Um reflexo, talvez, da própria democracia, uma forma de governo que marca, em grande parte do globo, o nosso tempo.
Além da participação nas decisões e a divisão das responsabilidades, há a perspectiva da impossibilidade de controle centralizado. Os espaços de convivência são muitos, múltiplos e com configurações infinitas. E além dos espaços físicos, hoje vivemos sob a perspectiva de um espaço virtual que influencia as relações e os julgamentos fora dele. A vigilância entre pares, nova forma de controle da sociedade, é fortalecida com a criação de uma rede virtual alimentada pela vaidade, culminando na disputa pelo poder ultra transpassada pela dificuldade que o ser humano tem de lidar com a própria solidão no período de sociedade disciplinar, pois traz como características essenciais à distribuição dos indivíduos em espaços individualizados, classificatórios, combinatórios, isolados e hierarquizados, capazes de desempenhar funções