Resumo Sociedades De Controle
Peter Pál Pelbart. Rio de Janeiro: Ed.34, 1992 [1990], p. 219-226.
Em Post-scriptum, sobre a sociedade de controle Deleuze aborda os três poderes e respectivas sociedades de FOACOULT traçando sobretudo um paralelo entre as sociedades disciplinares dos séculos XVIII e XIX e a atual sociedade de controle.
As sociedades disciplinares, são sociedades de confinamento, onde o homem está sempre passando entre espaços fechados, espaços estes formados por suas instituições (família, escola, fábrica, hospital, prisão) e suas regras. (DELEUZE, 1992 [1990]). FOACOULT analisou estes meios de confinamento a exemplo em O olho do poder em que fala sobre o Panopticon de Betham, que se tratava da dominação através da visibilidade total.
Essa sociedade disciplinar em que o poder é difuso sucede a sociedade de soberania em que o poder estava concentrado nas mãos do rei e que possuía funções diferentes, enquanto a sociedade disciplinar se concentra em um modo de organização da produção a de soberania era mais interessante açambarcar. (DELEUZE, 1992 [1990])
Se a transição da sociedade de soberania para a de disciplina teve grande influência de Napoleão. A sociedade de disciplina também passava pela crise das instituições sobretudo após a Segunda Guerra Mundial.(DELEUZE, 1992 [1990]). “Encontramo-nos numa crise generalizada, de todos os meios de confinamento, prisão, hospital, fábrica, escola, família,”(DELEUZE, 1992 [1990],p.220). Talvez a família seja o exemplo mais ilustre dessa evolução das sociedades, já que na sociedade soberana a família era a patriarcal (pai, mãe, filhos, parentes e agregados), já na família disciplinar a família passa a ser nuclear (pai, mãe e filhos) e na atual sociedade, sociedade de controle, a família se organiza sobre as mais distintas associações (uniões homoafetivas, mãe e filhos, casal sem filhos, entre outros). “São as sociedades de controle substituindo