Resumo sobre post-scriptum sobre as sociedades de controle
Comunicação Social – Publicidade e Propaganda
Conversações – Gilles Deleuze
Post-scriptum sobre as sociedades de controle
Valéria de Oliveira Souza
Fortaleza
2013
Resumo sobre Post-scriptum: sobre as sociedades de controle
In L’Autre jornal, nº 1, maio de 1990.
* Histórico
Gilles Deleuze analisa as sociedades de controle em contraponto às sociedades disciplinares situadas por Michel Foucault, entre os séculos XVIII-XIX, atingindo seu apogeu no início do século XX.
Foucault analisou muito bem os meios de confinamento, como família, escola, exército, fábrica, hospital e prisão. Essas instituições tinham em comum a ideia de concentrar, distribuir no espaço, ordenar no tempo e compor no espaço-tempo uma força produtiva cujo efeito deve ser superior à soma das forças elementares.
Foucault sabia que este modelo também seria breve como o das sociedades de soberania, que teve sua transição progressiva. A sociedade disciplinar, segundo Deleuze, também vai conhecer sua transição com a Segunda Guerra Mundial. Os meios de confinamento estão condenados num prazo mais ou menos longo. As sociedades de controle estão substituindo as sociedades disciplinares. E controle é o nome que Michel reconhece como nosso futuro próximo.
* Lógica
A linguagem utilizada pela sociedade disciplinar é analógica, ao passo que a linguagem utilizada pela sociedade de controle é numérica. A empresa substitui a fábrica moldando cada salário de acordo com o desempenho de cada um fazendo, assim, que o indivíduo veja o tempo como um rival. Assim como a empresa substitui a fábrica, a formação permanente substitui a escola; o controle contínuo substitui o exame.
Enquanto nas sociedades disciplinares não se para de recomeçar (da escola à caserna, da caserna à fábrica etc.), nas sociedades de controle nunca se termina nada.
A sociedade disciplinar tem dois polos: a assinatura que indica o indivíduo e o número de