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A Alta Burguesia é sem dúvida o grupo mais bem posicionado na escala social. Poderosa e influente, a burguesia surge-nos em famílias como os Périer, os Peugeot, os Rothschild ou os Rockefeller e constitui autênticas dinastias nos quais se perpetua o poder económico.
A alta burguesia empresarial e financeira surge-nos como um exemplo da mobilidade social ascendente que caracteriza a sociedade oitocentista. Nela a decadência é rara e a alta burguesia vai-se renovando com a média e pequena burguesia assim como com a velha aristocracia. Defendem os valores da aristocracia, chegam a imitá-los, e preocupam-se com as artes e as ciências. A família é um valor importante e vivem em luxo e ostentação e são pessoas activas na vida profissional. Praticam o mecenato e a filantropia – preocupam-se com a sociedade e patrocinam fundações humanitárias
A hegemonia desta classe assenta em três enormes pilares de poder. O primeiro é o poder económico que lhe assegura o controlo dos meios de produção e riqueza – são muitas vezes banqueiros, homens de negócio e investidores de empresas e bancos. Surge também o poder político, os empresários criam grupos de pressão e apoderam-se de lugares cimeiros na Administração Pública. A sua influência faz-se sentir nas políticas aduaneiras e tenta muitas vezes deter o avanço do socialismo e reprime greves e reivindicações.
Em relação ao poder social, este é exercido através do ensino e da imprensa, onde lança modas e ideias, difundindo os seus valores e modelando a opinião pública de maneira a torná-la favorável às suas iniciativas.
As pessoas desta classe vestem-se bem e com roupas de grande qualidade. Procuram casar-se e juntar-se à aristocracia, tentando comportar-se como tal e assumindo os seus títulos. São normalmente pessoas que nasceram em famílias ricas ou self made men que subiram na vida à custa das suas capacidades e dedicação.
Entre esta burguesia há uma nova moral convicta no lema de que cada um tem a sorte