Sobrevivendo à esquizofrenia
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Sobrevivendo à Esquizofrenia1 I - Contextualização: No século XIX, as conceituações de esquizofrenia variavam bastante. Estudos mostram que uma em cada cem pessoas serão diagnosticadas de esquizofrênicas ao longo de suas vidas nos Estados Unidos. Na África, o índice de esquizofrenia é menor, diferentemente da Escandinávia e da Irlanda. Usualmente, fala-se de esquizofrenia utilizando o termo psicose, o que é inapropriado, já que psicose é bem mais abrangente. É importante mudarmos terminologias, mas também, o modo como vemos o esquizofrênico. A esquizofrenia está atrelada a estigmas que são trágicos, frutos de nossa ignorância, que nos faz manter pessoas com esquizofrenia enclausuradas. Por isso, vamos aos esclarecimentos. Esquizofrenia: • • • É uma doença cerebral É uma entidade real, científica e biológica Exibe sintomas de doenças cerebrais, dos quais inclui: déficit no pensamento, delírios, alucinações, mudanças nas emoções e no comportamento • • É provável que tenha mais de uma causa Também é provável que existam diferentes tipos de esquizofrenia a imprensa explicite casos de crimes cometidos por
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esquizofrênicos, a realidade é que apenas uma pequena fração destas pessoas são perigosas. Quando episódios violentos ocorrem, é porque a doença não foi tratada ou não tem sido tratada, porque teve um tratamento inadequado ou refratário.
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Este texto é tradução de trechos dos capítulos 1, 2, 3, 6, 7, 8, 9 e 10 do livro Surviving Schizophrenia, a Family Manual. Torrey, Fuller, E. Harper & Row Publishers, New York., 1988.
Nos Estados Unidos, a maioria das pessoas com esquizofrenia moram com a família, outra parte fica em casas que cuidam de doentes mentais, vivem sozinhas ou estão em abrigos públicos. O custo da esquizofrenia pode ser comparado aos de outras doenças sérias, especialmente se envolve hospitalizações por muitas semanas e muita medicação por vários meses. II – Vendo a loucura por dentro: As pessoas que necessitam de ajuda precisam