Sobre o feminismo
No Brasil, a luta da O.I.T. em prol das mulheres solidificou convenções que abriam o debate acerca da remuneração igualitária entre homens e mulheres, a discriminação em empregos e profissões, trabalhadores com responsabilidades familiares e a proteção da maternidade.
A convenção nº 100 debateu sobre a distribuição salarial entre homens e mulheres, colocando a mesma de maneira igualitária por trabalho de igual valor. Politicas estavam sendo executadas para enfraquecer a relação de poder existente entre os gêneros.
Devido a essa conjuntura, a mulher começa a contestar a sua condição social e suas particularidades. A força de trabalho feminina, por exemplo, desde o início do modo de produção capitalista é menos valorizada que a do homem, e no Brasil não foi diferente. Em 1977, no dia 8 de março, uma CPI é elaborada pela Comissão Mista Parlamentar de Inquérito, onde é tratado a discriminação da mulher nas relações sociais, jurídicas, culturais e econômicas da sociedade brasileira. Com os relatos obtidos na CPI pode-se concluir que a mulher brasileira já vinha quebrando alguns tabus, porém a igualdade entre os gêneros permanecia apenas na teoria.
Os depoimentos prestados por mulheres na CPI de 77 reproduziam um discurso onde a mulher buscava a igualdade de direitos e deveres frente ao homem e a sociedade. As mulheres defenderam abertamente direitos como o planejamento familiar, o divórcio e o aborto, a participação da mulher na politica, entre outros temas de cunho polêmico.
Expuseram seu repudio a artigos do Código Civil onde