Resenha do capítulo 8 sobre Feminismo de Sandra W.
PREFÁCIO:
Capitalismo Tardio só é uma crítica legítima das reflexões de Raul Prebisch, Aníbal Pinto, Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso, Maria da Conceição Tavares, Carlos Lessa, enquanto reconhece a legitimidade das questões levantadas por estes autores. A problemática da industrialização nacional reside na antinomia entre a plena constituição da Nação e uma certa divisão internacional do trabalho. As economias periféricas enquanto dependentes são meros prolongamentos do espaço econômico das economias centrais e não se poderiam considerar economias nacionais. Na medida em que as economias latino-americanas continuassem a crescer para fora, continuariam condenadas à miséria. Dependência e pobreza eram faces da mesma moeda. Na formação e o desenvolvimento de um certo capitalismo há duas economias primário-exportadoras, a apoiada no trabalho escravo e a no trabalho assalariado. Desvencilhar-se do formalismo é começar a entender o nascimento do capitalismo latino-americano pela forma peculiar de constituição de suas relações sociais básicas.
INTRODUÇÃO:
Desenvolvimento desigual – propagação universal do progresso técnico dos países originários ao resto do mundo foi relativamente lenta e irregular. As novas formas de produzir só abarcaram uma reduzida proporção da população mundial. O movimento da Revolução Industrial começou na Grã-Bretanha e prossegue com distintos graus de intensidade no continente europeu e adquire impulso grande nos EUA e Japão. A periferia do novo sistema pouco tornava parte na melhoria de produtividade. A propagação desigual se traduz da divisão internacional do trabalho em que o centro compreende as economias industrializadas, estruturas produtivas diversificadas e tecnicamente homogêneas e a periferia é integrada por economias exportadoras de produtos primários, alimento e matérias primas. As economias periféricas não dispõem de comando sobre seu próprio crescimento