Sobre o estruturalismo (linguística)
Como movimento filosófico, o estruturalismo tem um papel decisivo na trajetória que envolve o embate entre o positivismo lógico, a fenomenologia, a fenomenologia existencial e o historicismo. Embora o corpo teórico do primeiro estruturalismo tenha perdido homogeneidade, os seus preceitos iniciais continuam a ser uma das fontes da problematização sobre as quais se verte a ontologia e a gnosiologia contemporâneas.
Enquanto método, processo organizado, lógico e sistemático de pesquisa das ciências humanas e das ciências sociais, o estruturalismo tem fortuna variada. Em alguns ramos, como o da psicologia, o da lingüística e o da crítica, ocupa um papel central. Em outros, ou bem foi absorvido pelas linhas metodológicas posteriores ou foi incorporado apenas fragmentariamente. Nas ciências da gestão tem pouca influência direta. Mas os seus desenvolvimentos, como o estrutural-funcionalismo e o estruturalismo genético, embasam uma gama significativa de estudos e pesquisas. É o caso do marco de inflexão teórico representado por trabalhos como os de Amitai Etzioni (1967), ou de Peter Blau (1970), ou de contribuições metodológicas de grande impacto, como as de Talcott Parsons (1960), Michel Foucault (1972, 1979) e Pierre Bordieu (2001; 2002).
A perspectiva estruturalista propõe o abandono do exame particular dos objetos a que se consagra. Estuda as estruturas subjacentes ao organizar e ao