sobre o belo
Plotino(205-270) foi um filósofo Egípcio que assim como Platão pensou o Belo. Considerado um dos primeiros neoplatônicos, a obra de Plotino tem grande importância no estudo da Arte justamente pelas divergências que o separam do pensamento platônico. Ao discutir o papel da arte no livro X da República, Platão a condena e expulsa da sociedade ideal. Dividindo o mundo entre sensível e inteligível, ele propõe que o primeiro é uma cópia do segundo, sendo assim tudo o que está no mundo sensível é uma farsa, mera, e ilusória, imitação. A beleza, falsa, que está Arte mimética desperta as paixões humanas, que são amplamente condenadas por Platão, a real beleza está nas ideias, e para conhecê-la é preciso se afastar dos sentidos. Plotino dividia o mundo como Platão, porem admitia a importância da arte, que para ele poderia levar o observador a buscar a beleza interior. “O que atraí o olhar do espectador para os objetos belos e faz com que se alegre com sua contemplação?” 1 Plotino tentar descobrir o princípio que torna as coisas belas, destoando do pensamento platônico que desprezara completamente as paixões humanas, ele conclui que “Esse princípio sem dúvida existe. É algo perceptível ao primeiro olhar, algo que a Alma reconhece a partir de um antigo conhecimento e, ao reconhecê-lo, acolhe-o e entra em ressonância com ele. Por outro lado, quando recebe a impressão da feiura ela se agita, recusa-a e a repeli como uma coisa discordante que lhe é estranha.”2, ou seja a Alma reconhece seres iguais ou semelhantes à ela, porém algo só pode ser belo se houver uma ideia por detrás.
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1.Plotino, Sobre o Belo, Enéada 16, p.20
2.Plotino, Sobre o Belo, Enéada 16, p.21
Aristóteles, que foi aluno de Platão, acreditava que a arte mimética tinha duas funções: prazer e instruir, para ele esse caráter pedagógico despertaria um