Sobre o o belo
Para tratar dos Mitos Raciais, Comas primeiramente demonstra a forma como o conceito de Raça vem sendo constantemente modificado, ou “revisado”, como o autor diz, a partir de diferentes visões em diferentes momentos da História. O autor parte da premissa que desde os primórdios da elaboração do que seria Raça, a questão de “superioridade e inferioridade” vem sendo incluso em tal conceito. Comas cita diversos momentos da história do conceito de Raça vindo da visão do cristianismo (Bíblia), de filósofos, colonização, ciência e etc, demonstrando a forma como tal conceito foi sendo submetido à relação de classes sociais, dominação-dominado, nobreza-clero, superior-inferior, isto é, o conceito foi conduzido de forma completamente estereotipada. O autor demonstra essas questões a fim de acabar de vez com a visão errônea que se tem a cerca das questões raciais. E para desconstruir de vez tais argumentações que “sustentam” as questões raciais, o autor demonstra, por tópicos, as questões raciais mais abordadas.
Sobre O mito do sangue e da inferioridade dos mestiços, o autor desconstrói que a miscigenação é algo ruim, ou até mesmo inferior, demonstrando que desde os primórdios da história da humanidade a miscigenação era frequente para o surgimento de características físicas e uma variedade nas combinações dos genes, contudo, segundo o autor o que caracteriza a miscigenação como inferior é que na grande maioria dos casos ocorrem dentro das classes sociais mais vulneráveis, o que não quer dizer que não ocorra dentro das “raças puras”, no entanto, com menor frequência. Outra questão destacada pelo autor é o fato de que mesmo com a visão estereotipada da miscigenação de que grupos sociais com maior poder econômico tem um nível cultural elevado é errôneo, segundo o autor, ocorre o oposto, isto é, observa-se a nível cultural mais elevado ocorrem dentro dos grupos onde o cruzamento de raça é