Os maias - a educação
Um Romance, que através do fio condutor da família Maia, nos mostra o Portugal de três gerações (1820 – 1880):
- Três histórias individuais diferentes:
- A de Afonso da Maia (movimento liberal dos anos 20);
- A de Pedro da Maia (o Romantismo; os resultados de uma educação segundo os padrões tradicionais portugueses);
- A de Carlos da Maia (protagonista do Romance; representante típico da geração de 70, que partindo de grandes propósitos para a transformação do mundo, acaba falhada, pelo diletantismo, no desencanto dos “vencidos da vida”).
A EDUCAÇÃO
1º Típica Educação Portuguesa do séc. XIX: Maiores exemplos – Pedro da Maia e o Eusébiozinho (a sua descrição é caricatural)
- Sob o magistério de padres (ex. Padre Vasques);
-conservadora: primado da cartilha; concepção “primitiva” da devoção religiosa; o latim como prática pedagógica não criativa; a fuga ao contacto directo com a natureza e com as realidades práticas da vida; o recurso à memorização. Reflexos dessa educação: Em Pedro – devoção histérica aliada a uma incapacidade para encarar e resolver as contrariedades; instável emocionalmente; pouco equilibrado; cobardia moral (a reacção do suicídio face à fuga da mulher); Em Eusébiozinho – debilidade física (a sua descrição é sempre feita com diminutivos); a sua fragilidade e a educação a que foi sujeito, provoca a deformação da vontade e o suborno (promessa da mãe se este dissesse os versos); atmosfera doentia e melancólica do Romantismo, carregada de ócio; mergulha, em adulto, numa vida corrupta e de decadência física.
2º Educação Tipicamente Inglesa:
Maior exemplo – Carlos da Maia
- Tutor inglês (Brown)
- Privilégio da vida ao ar livre
- Contacto com a Natureza; exercício físico; aprendizagem de línguas vivas; desprezo pela Cartilha e por todo o conhecimento exclusivamente teórico.
Reflexos dessa educação: Em Carlos –