Sobre a Revolução Científica
Soares estrutura seu texto conforme os aspectos que foram essenciais no desenvolvimento da ciência moderna, e analisa cada um destes aspectos na história, sendo a ciência fruto de um lento processo histórico e que acontece acompanhada de mudanças culturais.
Essa rede de processos simultâneos ocorridos na Europa ocidental foi marcada por acontecimentos que trouxeram influências para a ciência moderna, entre eles a Ciência Escolástica, a "cultura prática" dos navegadores e o naturalismo medieval. Mesmo Luiz Carlos Soares não acreditando que, sozinhos, tenham revolucionado o conhecimento europeu.
Ele não separa a Revolução Científica da Revolução Humanística que ocorreram na Europa Ocidental.
Passando pelos filósofos da Antiguidade Grega citando o Atomismo e sua perspectiva materialista, as ideias de Platão, de que a natureza poderia ser matematizada, ele mostra as influências destes nos pensadores que viveram na Idade Média. Quanto a Idade Média, ele cita a Crise da Escolástica, o que favoreceu a ascensão de uma “Nova Ciência”, houve uma mudança na concepção de natureza, que era de contemplação, de integração do homem a natureza, em harmonia.
Houve um rompimento com este “materialismo metafísico” e alguns estudiosos retomam as ideias de Demócrito sobre o atomismo mas sob outra perspectiva: a quantitativista. Tudo é tido como material e como tal pode ser medido, estimado. Admitem também que o universo possui uma ordem natural, leis matemáticas e mecânicas. Até então não havia a intenção de controlar aspectos do mundo natural, mas este interesse surge com o desenvolvimento da sociedade da época, e há então uma separação entre a natureza, tida como criação divina, e um ser divino em si mesmo. Houve a criação de uma concepção de “Natureza-Mecânica-Matemática” e uma separação entre o “mundo natural-objetivo” e o “mundo humano-subjetivo”.
“O livro do mundo está escrito em linguagem