A Revolução Científica: continuidades e descontinuidades na História das Ciências
Casa de Oswaldo Cruz - COC
Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde - PPGHCS
A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA: CONTINUIDADES E
DESCONTINUIDADES NA HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS
Por: Tarcila Garcia
Trabalho final da apresentado à disciplina História e Historiografia das Ciências
Agosto
2013
A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA: CONTINUIDADES E DESCONTINUIDADES NA
HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS
1. Introdução
Os debates em torno de questões científicas enquanto práticas e produtoras de conhecimento apresentam um leque de perspectivas em diferentes linhas de estudos, perpassando os grandes campos da filosofia, história e sociologia. Dentre essas questões está a relação entre Idade Média e as origens do que ficou conhecido como ciência moderna.
A fim de esclarecer essa questão foram suscitadas distintas interpretações sobre o que configuraria a mudança do que se compreendia como sendo ciência antiga para uma nova ciência, a ciência moderna, onde tivemos debates sob novas abordagens historiográficas que nos levam à questionar uma evolução contínua ou uma revolução no desenvolvimento das práticas dessas ciências – ciência teórica grega, ciência medieval e ciência moderna. E o que se tem de resultado, a partir de meados do século XX, é um mosaico com diferentes enfoques e táticas narrativas sobre as transformações e mudanças em torno do que ficou caracterizado, também à senso comum, pelo modelo de revolução científica ocorrido entre os séculos XVI e
XVII, período da Idade Moderna.
Uma grande contribuição para o conceito de Revolução Científica veio do filósofo
Alexandre Koyré (1892-1964) em Estudos de História do Pensamento Científico onde destaca as transformações no referido período, citado acima, contrapondo a publicação de
Alistair Crombie (1915-1996), historiador das ciências cuja obra contribuiu grandemente para o conhecimento da história e do pensamento medieval, onde faz considerações para basear seu argumento