trabalho
A revolução científica é um grandioso movimento de ideias que, a partir de Copérnico e Kepler, adquire no Seiscentos as características qualificativas na obra de Galileu. Seus filósofos encontram-se em aspectos diferentes, em Bacon e Descartes, mostra a sua mais madura configuração da imagem newtoniana do universo-relógio. Copérnico e Newton mudaram a imagem do universo, mas também as ideias sobre ciência, trabalho científico e instituições científicas. As relações sobre ciência e sociedade e o saber científico e fé religiosa também foram mudadas. Para Copérnico a terra não é mais um lugar privilegiado da criação, com isso ele muda a imagem do mundo, do homem e lentamente a imagem da ciência. Traços característicos da ciência moderna é a ideia do método, mais especificamente de método hipotético-dedutivo.
As hipóteses como tentativas de solução de problema tornam-se necessárias, das quais se deduzem consequências experimentais publicamente controláveis. É a ideia de ciência metodologicamente controlada e publicamente controlável que, de um lado, exige as novas instituições acadêmicas e os laboratórios, e de outro funda autonomia da ciência em relação à fé; daí o desencontro com a igreja e o “caso de Galileu”. A ciência galileana e pós-galileana não indaga sobre substancia, e sim sobre a função. Mais a revolução científica leva à rejeição das pretensões essencialista da filosofia aristotélica. Isso não significa que o processo da revolução científica seja privado de pressupostos filosóficos. Basta recordarmos aqui sobre a ideia que atravessa as pesquisas de Copérnico, a de Kepler e a de Galileu; de um Deus que geometriza e cria um mundo, imprimindo nele uma ideia de ordem matemática. Dentro do processo que leva à ciência moderna a historiografia mais atualizada pôs em relevo a importante presença da tradição mágica e da hermética.
Em todo caso, a formação de novo tipo de saber, requer novo tipo de douto; o novo