Sobre A Proposta De Inclusao
A proposta de inclusão educacional surge como parte de uma reflexão mais ampla que abrange a discussão sobre a necessidade de se rever a forma como a sociedade exclui alguns grupos do exercício pleno de sua cidadania, inclusive do direito à educação para todos, garantido pela Constituição. Devido às suas características ou limitações, alguns alunos apresentam
necessidades
educacionais
especiais,
ou
seja,
requerem da escola adaptações, recursos e apoios de caráter mais especializado para que tenham acesso ao currículo.
Esta nova orientação parte da concepção de que cabe à sociedade buscar formas de organização e de adaptação, de forma a garantir o acesso de todos os cidadãos a tudo que a constitui, independentemente das características individuais. Desta forma, procura-se garantir que todas as pessoas têm direito à convivência não segregada e ao acesso imediato e contínuo aos recursos, serviços, espaços, etc., que são oferecidos aos demais cidadãos.
Para tal, o processo de inclusão social requer a
mobilização dos diferentes setores da sociedade para que sejam criados e disponibilizados os suportes sociais, econômicos, físicos, instrumentais que venham a garantir o acesso imediato e irrestrito da pessoa com deficiência a todo e qualquer recurso da comunidade. Exige, também, a mobilização subjetiva e a conscientização da própria pessoa que tem alguma deficiência para que lute pelos seus direitos e por condições de vida menos segregadas socialmente.
Os educadores e especialistas teriam, neste contexto de formação da pessoa com deficiência, relevante papel na criação de condições favoráveis para seu aprendizado e desenvolvimento psicossocial.
A partir desta perspectiva inclusiva da educação, o que está em foco não é
a
deficiência
da
pessoa,
mas
as
formas
e
condições
de
aprendizagem que deverão ser proporcionadas pela escola, com a mediação do educador, para que o aluno obtenha sucesso escolar.
Para Mantoan