Sobre a obra: O doente imaginário.
O doente imaginário foi a última peça escrita por Molliere em 1673, é uma comédia que permanece atual, a conta a estória de Argon, um hipocondríaco carente, rico e ávaro burguês que vivia na cama com a constante visitas de médicos, casado com Belinha , uma interesseira e a relação de amizade entre a emprega e a filha renegada de seu patrão são coisas que encontramos no cotidiano da modernidade.
Molliere nessa obra faz uma crítica à relação de médico e paciente, esta marcada pela frieza e descaso, Argo, disserta sobre a má fé dos poderosos, já que nessa época os que se intitulavam médicos eram os mais charlatões.
A inversão de papeis típicos da comédia é aparente na peça, a personagem Nieta, a empregada de Argon percebe o golpe de Belinha , e é a personagem que mais ironiza os médicos, enquanto Argon é ignorante quanto as duas coisas. Uma passagem marcante em que isso acontece é quando após Sra. Disafôrus comentar sobre a prática da medicina com o povo e a elite. Nieta diz:
“Não faltava mais nada, nobres exigindo que os doutores curem suas doenças. Ninguém está aqui apara isso, é ou não é¿ Aos médicos compete receber honorários e receitar remédios.”
As falhas de cárater dos personagens também são marcantes, tanto dos antagonistas (Belinha) e dos protagonistas, Angelique, por exemplo, no começo da peça enquanto conversa com a amiga após o pai proibia de casar com Cleante, considera assassina-lo.
O irmão de Argo, Beralda, entra em contraste com o protagonista, por não acreditar na medicina e ser cético em relação aos médicos, ele é o responsável pela saída do Dr. Purgan, que num gesto presunçoso se demite após uma injeção ser adiada, ainda no dialogo entre os irmãos Moliere se satiriza.
No final Belinha é a responsável por abrir os olhos de Argo em relação à sua esposa, convencendo-o a fingir de morto para ver a reação dela e também de sua filha, com a reação sincera de Angelique seu pai desiste da ideia de coloca-la num convento e aceita seu