Sobre os sentidos do trabalho
O trabalho representa um valor importante nas sociedades ocidentais contemporâneas, exercendo uma influência considerável sobre a motivação dos trabalhadores, assim como sobre sua satisfação e sua produtividade. Compreender os sentidos do trabalho hoje é um desafio importante para os administradores, tendo em vista as múltiplas transformações que têm atingido as organizações e os “mundos do trabalho”. O objetivo deste artigo é determinar, identificar e comentar as características que o trabalho deveria apresentar a fim de ter um sentido para aqueles que o realizam. Acreditamos que os momentos de transformação organizacional constituem, potencialmente, uma oportunidade para reorganizar o trabalho de tal forma que a qualidade de vida e a eficácia organizacional sejam melhoradas e que as características que se atribuem a um trabalho que tem um sentido possam orientar as decisões e as intervenções dos responsáveis pelos processos de transformação organizacional.
Alguns peixes se cumprimentam. Enquanto vão de um lado para outro do aquário, observam que, numa das mesas do restaurante em que estão, um companheiro deles acaba de surgir em um prato, pronto para ser devorado por um cliente. Diante da cena, um dos peixes resolve fazer uma pergunta: "Para que tudo isso?". É com esse questionamento (e com essa cena) que começa O sentido da vida (The meaning of life), terceiro filme do grupo inglês Monty Python, lançado em 1983. Ao contrário dos filmes anteriores da trupe, este não apresenta uma história com começo, meio e fim - no sentido, digamos, mais comum. Por meio de sketches, o grupo tenta traçar a razão de existirmos na face da Terra, apresentando as diversas etapas da vida humana, desde o nascimento até a morte - numa espécie de começo, meio e fim, mas de uma forma um tanto anárquica como a vida pode parecer ser.
Nessa busca eterna pelo propósito da vida, o sentido do trabalho, também, é uma questão fundamental às pessoas, ainda mais quando se