Sobre Filosofia
O caminho para se aproximar do pensamento nietzscheano perpassa aquilo que somos, tudo o que poderemos deixar de ser, o que seremos. Uma passagem pelo incerto que suspira em nós, pela frágil transitoriedade, pelo devir. A racionalidade como frio instrumento técnico não é capaz de engenhar tais pensamentos. “O ser próprio procura também com os olhos dos sentidos, escuta também com os ouvidos do espírito”. (NIETZSCHE, 1885 : 51) A história monumental deve restituir os cumes do devir e, segundo Foucault, fazer aparecer todas as “descontinuidades que nos atravessam” (1979 : 37). Ele afirma que a história deve interrogar-se, interrogando a consciência científica – questionando as opiniões preconcebidas acerca de tudo o que há de inquietante na pesquisa e de