Soberania e disciplina
5 precauções metodológicas que ajudam Foucault a estudar o poder:
1ª precaução metodológica: captar o poder em todas as relações, não só em seu centro mas nas suas formas regionais e intitucionais;
2ª precaução metodológica: analisar o poder na sua intenção, onde ele se relaciona, se implanta, como funciona o processo de sujeição do “objeto”;
3ª precaução metodológica: não achar que o poder é um fenômeno de dominação maciço e homogêneo, mas sim visto como algo que funciona em cadeia. Os indivíduos podem exercer o poder ou sofrer sua ação;
4ª precaução metodológica: ver como o poder se desloca nos níveis mais baixos e se relaciona com tecnologias de poder autônomo;
5ª precaução metodológica: a partir de ideologiasou instrumentos de formação, ações de vigilância e adestramento do corpo e da mente exercem poder e sãoformas de produzir determinado tipo de sociedade.
A sociedade de tipo feudal estabelecia sua soberania através basicamente entre soberano e súdito, apoiava-se na terra, nas taxas e obrigações para extrair bens e riquezas.
Nos séculos XVII e XVIII o poder cria mecanismos para através dos atos e do corpos extrair trabalho e tempo, com controles constantes e vigilâncias.Já os estudos sobre a religião segundo Rabelais não foram novidades trazidas por Febvre. Décadas antes do lançamento de seu livro, o tema já era bastante discutido no meio acadêmico, mas com tendência a ver o humanista francês como um ateu precoce, em especial na leitura do historiador Abel Lefranc. Ao contrário, segundo Patuzzi, algumas posições de Rabelais apontam para uma espécie de “luteranismo intelectualizado”.
As discordâncias são compreensíveis. Se, por um lado, Rabelais esteve próximo da vida monástica, tendo pertencido até mesmo à ordem beneditina. Por outro, seus livros, como o clássico Pantagruel, eram repletos de sátiras aos costumes religiosos e foram censurados pela Igreja Católica. Porém, para Febvre, não há dúvidas sobre