Nelson Mandela
Em 1941 se muda para Johanesburgo, e inicia um curso de direito na Universidade de Fort Hare. Mandela iniciou sua militância política antes mesmo de terminar a faculdade de Direito, ao se unir ao Congresso Nacional Africano (CNA) – organização que tinha como principal objetivo combater a segregação racial no país. Após divergências com a cúpula da entidade, Mandela e outros membros formaram a Liga da Juventude do CNA, que defendia uma postura mais agressiva frente ao governo, embora sem uso da violência.
O embate ficaria ainda mais duro após 1948, quando chegou ao poder o Partido Nacional, que oficializou o apartheid. Depois do massacre de Sharpeville – em 1960, quando a polícia sul-africana atirou contra manifestantes negros desarmados –, Mandela passou a defender a resistência armada e coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo. Acabou preso, sob a acusação de traição e terrorismo.
Em 1960 a polícia mata 69 pessoas e fere 180, incluindo mulheres e crianças, em um protesto de negros em Sharpeville. Um estado de emergência é declarado, e o CNA, banido. Um ano depois o CNA conclui que seu protesto pacífico não é suficiente para combater o apartheid e forma um braço armado: o Umkhonto we Sizwe (“Lança da Nação”). Depois de um ano na clandestinidade, Mandela é preso por deixar o país ilegalmente. Ele é sentenciado para ficar cinco anos na cadeia.
No Cárcere (1962-1990)
No período de 27 anos em que Mandela esteve preso, seu nome foi amplamente associado à oposição ao apartheid. O clamor "Libertem Nelson Mandela" virou lema das campanhas contra o regime de segregação em todo o mundo. A pressão internacional foi tamanha que, em fevereiro de 1990, Mandela foi libertado, aos 72 anos, por ordem do