Sknner
Aquele que foi capaz de transformar a moral em ética… O moralista não tem uma cabeça boa; menos ainda um sujeito amoral ou imoral. A ética se constrói de dentro pra fora, a partir da percepção do outro, da empatia que nos coloca no lugar dele e nos impede de lhe fazer mal. É solida. A moral é imposta de fora pra dentro, goela abaixo, e é sustentada pelo temor à penalidade.
2 Rir de si próprio
Muitos pontos para aquele que se tornou capaz de rir de si próprio e das vicissitudes da vida. Temos aqui os dois pontos mais indicativos da evolução de uma pessoa ou de um grupo cultural: ética e senso de humor.
3 O outro não é um objeto
Ser capaz de perceber que o outro é um sujeito (pessoa), e não um objeto de uso pessoal. Parece simples e banal, mas não é: trata-se de uma aquisição psíquica.
4 Imaginar o que sente
Empatia. Uma vez percebida a existência de uma pessoa no outro, ser capaz de colocar-se em seu lugar e imaginar o que sente.
5 Aceitar as diferenças
Tolerância à alteridade. Não é possível ter-se uma cabeça boa, sem saber lidar e aceitar as inevitáveis diferenças entre o eu e o outro.
6 Duas doses de ceticismo
Quanto mais primitivo for o sujeito ou o grupo cultural, mais estará mergulhado em crendices e magia. Pessoas e sociedades evoluídas encaram mais de frente e com menos ilusão o desamparo e a impotência humana. Vide o Haiti…
7 Idealizações moderadas
Na paralela das crendices do mundo mágico, encontramos as idealizações. Poucas coisas contribuem tanto para a infelicidade da alma como o excesso de idealizações. Nem nada e nem ninguém são satisfatórios quando comparados a essas idealizações, a começar pela própria pessoa.
8 Inveja e gratidão
Ter feito o percurso que leva da inveja à gratidão. O que subsidia a inveja é a idealização da vida do próximo. É aquele cara que acredita no que vê na revista “Caras” e acha que só a vida dele é que é “Bundas”. Quanto mais a pessoa é capaz de perceber