Skinner
Este primeiro capítulo é dedicado ao behaviorismo ou comportamentalismo, destacando principalmente as contribuições de Skinner para a compreensão dos processos de aprendizagem considerados relevantes para a educação.
A opção teórica e metodológica do behaviorismo, de apenas estudar (observar e descrever) o comportamento observável como forma de ajusta-lo ao meio, pode ser entendida em razão de que nos anos de 1950, os Estados Unidos (palco central do behaviorismo) vivenciava um crescente processo de urbanização, com o avanço industrial e expansão do sistema escolar. Processo que contribuiu para que a psicologia tivesse um papel ativo em conformidade com a exigência de adequação dos indivíduos as escolas, às fabricas, colaborando nos exames, na classificação, na seleção, no controle sobre o individuo, necessários nesses novos espaços.
O que pode resultar disso, segundo esta vertente teórica, é o fato de que explicar o comportamento é assumir controle sobre ele.
Essa visão contrariava movimentos teóricos existentes em fins do século XIX, dentre eles a escola funcionalista de William James (1842-1910), que buscava explicar o comportamento e a aprendizagem humana através da análise introspectiva da experiência e responder “o que fazem os homens e por que o fazem”, tomando a consciência como foco das preocupações.
Precursores do Behaviorismo
Edward Lee Thorndike (1874-1949) ficou conhecido por sua “lei do efeito”, a qual preconizava que o indivíduo responde à punição ou a recompensa. Qualquer resposta que o organismo considera satisfatória tende a se repetir, pois se associa a essa situação, e qualquer resposta que resulta num feito desagradável dificilmente se repetirá.
John Broadus Watson (1878-1958), o primeiro a usar o termo behaviorismo em 1913, com a publicação do artigo “Psicologia: como os behavioristas a veem”, declarava que o grande foco da Psicologia, enquanto ciência objetiva deveria ser o comportamento concreto do ser