situação urbana nacional
O processo de transferência populacional ganhou força a partir de 1930, com o início da industrialização do país e com a falta de uma reforma agrária distributiva. A indústria, ao se estabelecer na cidade, trás consigo um contingente populacional baseado na mão de obra e na prestação de serviços, enquanto a concentração fundiária no campo impossibilita a manutenção da vida no meio rural para a maioria da população, contribuindo para o inchaço urbano brasileiro das últimas décadas, agravado pelo déficit habitacional, pela carência de serviços públicos e pelo ineficiente e tardio planejamento urbano.
Apesar de sua fundamental importância na reordenação da estrutura social e da democratização do acesso ao solo urbano, a Reforma Urbana ainda é um tema muito desconhecido da opinião pública e, mesmo com o avançado debate acadêmico, está muito longe do democrático entendimento, inclusive por técnicos das gestões estatais. Fato que caracteriza um entrave no combate aos obstáculos impostos pelo modelo econômico vigente.
A relação da Reforma Urbana com a Reforma Agrária é muito tênue e deve ser revista. Uma separação de ações e definições e a consolidação de uma legislação sobre o tema, bem como um trabalho de